domingo, 29 de junho de 2008

Brancas




Em branco
Visto a memória
Que escorrega pelas horas
Dum passado à tua espera.
Marca nívea
Desse tempo
Em que a noite era o dia
E o dia o meu lamento.
Esperava e desesperava,
Ardía o sal que chorava
Nos passos da porta batida.
Eu em branco
Enganava-me,
Viúva já o era
Só eu não o sabía...
Por isso
De outras cores
Tenho a lembrança vazia,
Guardo a alvura
Dessa dor, mágoa e desamor
Eu à espera,
Tu não vinhas.

tulia

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