quarta-feira, 18 de junho de 2008
À noite
A noite percorre-me.
Como paredes escorridas
Da escuridão que lambe
Horas até à madrugada,
Memória inventada
De felicidades perdidas.
A noite despe-me.
Como sentidos cegos
Nas mãos lidas
De carne marcada,
Lembrança dedilhada
Em silêncios ternos.
A noite toma-me.
Como amantes mil
Nos sexos forjados
Com tempo contado
Resta a despedida,
Chega a madrugada.
tulia
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